segunda-feira, 28 de maio de 2012


Universidade Federal de Goiás
Curso: Especialização em Mídias na Educação
Acadêmico: Paulo Roberto Ramos da Silva
Polo UAB: Posse - Goiás
Orientadoras Acadêmicas: Kiara Karizy e Shirley Vilela
Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura
Disciplina: Mídias, Linguagens e Leitura Crítica
Atividade: 4

A RELAÇÃO ENTRE DIMENSÃO ESTÉTICA, CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM, SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO

Nos últimos tempos o desenvolvimento das novas tecnologias tem levado as pessoas a lidar com um novo estilo de vida interferindo inclusive na própria condição social e de convívio entre as pessoas, estabelecendo de forma imperceptíveis novos valores culturais e modos de pensar, fazer e viver das pessoas em geral. E isso faz aparecer um mundo novo, intermediado pelo foco constante dos fatores artístico-visual ao firmar que o parecer é mais importante que o conteúdo das ideias e dos enunciados.
Na literatura também é assim, pois o que se vê é a substituição dos recursos impressos pelos recursos audiovisuais, o que força os profissionais da área educacional a construir novos objetivos no ato de formar cidadãos capazes de se superar coletivamente e estabelecer novas práticas pedagógicas em uma estrutura educativa completamente mudada.
Assim, o processo de transformação cultural se desenvolve com intenções de atingir o consumidor e obter lucros e a realidade educacional no mundo capitalista também está voltada para o mercado de trabalho e não tem mostrado mudanças quanto ao desenvolvimento de uma linguagem artística realmente transformadora com conteúdo significativo que contemple a realidade dos jovens estudantes.
Devido a isso é preciso repensar a dimensão estética da linguagem para construir um saber voltado para a realidade do aluno e do seu mundo ao desenvolver as práticas pedagógicas. Pois a arte bem trabalhada pode desenvolver nas pessoas sentimentos mais elevados e aproximar mais as pessoas para o convívio saudável em uma sociedade bastante individualista.
Isso é necessário para que o ensino se desprenda do conteudismo e possibilite o despertar da inventividade para a produção criativa de novos gêneros literários e artísticos, o que pode possibilitar novas releituras do mundo a partir da visão inovadora dos alunos.
Nesse processo de criar e recriar através da linguagem das obras artísticas e literárias vai se desenvolvendo o pensamento do aluno para além da alienação e subjugação de outros saberes, ideologicamente perpetrado pelos recursos midiáticos, bastante carregados de valores subjetivos e intencionais.
O diálogo que se trava entre arte e literatura não pode ser apenas estético, mas perpassa também pela ligação com os valores históricos na perspectiva de relacionar o ontem com o hoje e assim estabelecer conclusões para além do estabelecido pela indústria cultural e do valor puramente mercadológico.
Segundo Vigotsky: (1999) “a arte é um meio de equilibrar o homem com o mundo nos momentos mais críticos e responsáveis da vida”.
Essa nova formação ideológica é necessária porque propõe condições para o desenvolvimento intelectual dos jovens, fortalecimento dos valores culturais, valorização dos princípios ético-morais ao propor aos indivíduos reflexão de sua condição como seres planetários que se encontram interligados pelas mesmas necessidades e condições existenciais.
Se não houver um direcionamento adequado para a construção do saber certamente todas as pessoas continuarão sofrendo os danos causados pelo processo de industrialização que o sistema capitalista tem estabelecido no mundo há bastante tempo.
Segundo Eloíza Amália Bergo Sestito:

“Uma educação estética que por meio da alfabetização dos códigos artísticos permita uma formação emancipatória, ou seja, uma educação estética que permita o indivíduo compreender as linguagens artísticas em seu dia a dia além de utilizá-las para agir na sociedade e assim, possa produzir cultura, não apenas “consumir” ideologias. Destarte o ensino da arte estará possibilitando a formação de sujeitos capazes de desarmar as “armadilhas” ideológicas implícitas na comunicação mediática.”

         Há que se considerar, portanto, outras questões relevantes para a consecução de uma individualidade autônoma, e para isso é preciso se atentar para o fato de que o envolvimento nas diversas linguagens é necessário para o aprimoramento pessoal e desconstrução de pensamentos contrários que envolvem os recursos tecnológicos e suas mensagens.

Referências Bibliográfica


BURGARELLI, C.G. Implicação da escola com a literatura. In: PESSOA, J. de M. (Org.) Literatura e educação no conto de Bariani Ortencio. Goiânia: Ed. PUC-GO/ Kelps, 2001.

CHARTIER, Anne-Marie. Leitura e saber ou a literatura juvenil entre a ciência e ficção. In: EVANGELISTA, A. A. M.; BRANDÃO, H. M. B.; MACHADO, M. Z. V. (Orgs.). Escolarização da leitura literária, Belo Horizonte: Autêntica, 2.ª ed., 2001.


sábado, 19 de maio de 2012


Universidade Federal de Goiás
Curso: Especialização em Mídias na Educação
Acadêmico: Paulo Roberto Ramos da Silva
Polo UAB: Posse - Goiás
Orientadoras Acadêmicas: Kiara Karizy e Shirley Vilela
Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura
Disciplina: Mídias, Linguagens e Leitura Crítica
Atividade: 2



A DOMINAÇAO DOS INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS/MIDIÁTICOS E
O ESTABELECIMENTO DA CONDIÇÃO HUMANA



É condenável a atitude que grande parte da sociedade desempenha no que diz respeito a manipulação  da informação dos meios de comunicação. Apesar das inúmeras reportagens claramente tendenciosas que ocorrem com demasiada freqüência, a população continua “cega” e o pior é que essa cegueira não é só por alienação, mas por opção.
Todo esse poder vai sendo construído de tal forma que acaba por suplantar outros poderes ao fazer desses instrumentos tecnológicos arma pra determinar, estabelecer as regras do jogo de acordo com as conveniências pessoais.
Se por um lado os recursos midiáticos estão sendo transformados de forma extraordinária, por outro lado a manipulação e o jogo de regras marcadas continuam fazendo crê que a situação vigente continuará sem grandes alterações principalmente a população onde as várias classes sociais continuam servindo como instrumento para imposição de vantagens a um pequeno grupo ou organização.
Outra questão bastante preocupante relacionada aos meios de comunicação está relacionada a transformação das nossa crianças e adolescentes em instrumento de consumo e exploração para atender aos interesses mercadológicos dos reguladores da economia. E nessa linha de interesse não há limites que impeça tamanha agressividade e desrespeito para com a inocência e simplicidade dessas vidas humanas.
Esses comportamentos reacionário-conservadores continuam alimentando uma estúpida visão de que existe um pequeno grupo que pode dominar a situação, ditar as regras e uma maioria que deve cruzar os braços e aceitar passivamente essa condição de explorado e oprimido.
Como já se disse em algum lugar que os aparelhos tecnológicos devem ser vistos e usados não como um fim em se mesmo, mas como instrumentos pelos quais os saberes, os patrimônios simbólicos, os valores culturais possam estar à disposição para o refazer e repensar da própria vivência e experiência humana.
Não podemos continuar cegos diante dessa realidade. Somos seres racionais em pleno exercício de nossas faculdades, não temos o direito de nos destruirmos em troca de um falso lazer ou divertimento. Progresso e justiça social podem, sim, coexistir, mas para isso, é preciso que nós – população terrestre – nos conscientizemos de nossa responsabilidade sobre o lugar que precisamos ocupar para a transformação social e para a dignidade humana.

Referências Bibliográficas

Cláudio Cano, http://blogderesenhas.com.br, adaptado por Uerj vetibulares, 2011, em
18/05/2012





Universidade Federal de Goiás
Curso: Especialização em Mídias na Educação
Acadêmico: Paulo Roberto Ramos da Silva
Polo UAB: Posse - Goiás
Orientadoras Acadêmicas: Kiara Karizy e Shirley Vilela
Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura
Disciplina: Mídias, Linguagens e Leitura Crítica
Atividade: 3


MÍDIAS, LIBERDADE E DOMINAÇÃO



A utilidade e finalidade dos novos recursos tecnológicos de informação têm
promovido grandes debates e discussões sobre o assunto e muitos estudos e pesquisas
têm sido feitos e analisados com a finalidade de melhor compreender e utilizar essas
ferramentas como instrumentos úteis nas diversas áreas e atuação humana. Isto pode
levar ao questionamento de como esses instrumentos podem contribuir para o
desenvolvimento e aquisição do saber nas relações entre indivíduo, cultura e cognição, o
que pode está reformulando o conceito e modelo de aprendizagem.
A cognição individual que resulta da interiorização das relações humanas
enfrenta agora a interferência dos recursos midiáticos de forma impactante no contexto
de relações humanas “virtuais". Dessa forma é necessário identificar que elementos
estão se relacionando para que os enunciados transmitidos por essas tecnologias não
impeçam o interlocutor de receber a informação sem deslumbramento, mas com
autonomia e imparcialidade, ao fortalecer a ideia de que os instrumentos de transmissão
da informação não passam disso mesmo.
Partindo dessa concepção percebe-se que uma revolução impactante está
ocorrendo na forma de pensar, agir e fazer do comportamento humano porque as
pessoas estão “inter-agindo” e posicionando mais abertamente em sua forma de pensar
e saber.
Por essa nova via os interesses e intenções subjetivos vão tomando corpo e
manifestando suas sutilezas para minar o pensamento e controlar as ações dos
indivíduos conforme os interesses e benefícios pessoais.
Devido a isso a pauta é que mecanismos devem ser adotados para regular as
telecomunicações de forma que as informações veiculadas estejam cimentadas em
postulados ético-morais para que aconteça um envolvimento e compreensão do que se
diz, como se diz e que valores simbólicos estão sendo produzidos e sua
intencionalidade.
Para isso é importante intensificar a união das pessoas para que a mudança
aconteça e o processo de divulgação da informação se defina para além do monopólio e
privilégio de pequenos grupos que se vêem na condição arbitrária de detentores desses
recursos.
Há necessidade ainda do fortalecimento de uma cultura de criticidade frente ao
que é dito para que o saber seja mais bem analisado e interpretado sem acordos
premeditados e mal intencionados.
A liberdade frente à realidade apresentada vai se estabelecendo na medida em
que as pessoas possam manifestar uma visão de mundo mais intensa e racional quanto a
própria formação social, o que também é facilitado e possível ocorrer através das novas
tecnologias da informação e das novas manifestações de saber e produção do
conhecimento. E isso pode não prescindir da interferência institucional no combate aos
abusos e controle do que é dito de forma puramente tendencioso e sem
comprometimento com a sua utilidade.
Tudo isso vai construindo sujeitos produtores de significados e identidades que
muito contribuirá para o rompimento de desafios construídos por atos de dominação e
interesse particulares que acabam cerceando a liberdade frente ao que é transmitido
pelas telecomunicações e outros veículos midiáticos.
É importante registrar no campo das novas tecnologias como instrumento de
dominação que o ato de controlar ou regular institucionalmente não quer dizer impedir
ou dificultar a informação e a atuação reflexiva do leitor, mas propor a democratização
desses instrumentos inovadores para que outros grupos ou comunidades sociais a eles
também tenham acesso e possam exibir formas diferentes de pensar para que a
diversidade do pensamento e da cultura se manifeste sobre a informação e não o
contrário, para melhoramento e avanço da própria condição humana.



Referências Bibliográficas



OLIVEIRA, Marcos, Oliveira Marta (orgs). Investigações cognitivas: conceitos,
linguagem e cultura. Porto Alegre: Artes Médicas,1999.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes,1993.
http://www.scielo.br/pdf/es/v29n104/a0729104.pdf em,18/05/2012
http://www.ufsm.br/lec/02_03/Dioni.htm em,18/05/2012
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/eurico-vianna-da-sociedade-vertical-asociedade-
horizontal/ em,18/05/2012
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/seminario-debate-experiencias-mundiais-deregulacao-
de-midia/ em,18/05/2012
http://www.cartacapital.com.br/politica/a-imprensa-e-livre-o-que-nao-quer-dizer-que-eboa-
diz-franklin-martins/ em,18/05/2012
http://www.cartacapital.com.br/politica/pensar-doi/ em,18/05/2012
http://www.usp.br/prolam/downloads/2008_1_3.pdf em,18/05/2012
http://www.youtube.com/watch?v=m-ihC_fX6Lw&feature=player_embedded
em,18/05/2012

domingo, 15 de abril de 2012


Universidade Federal de Goiás
Curso: Especialização em Mídias na Educação
Acadêmico: Paulo Roberto Ramos da Silva
Polo UAB: Posse - Goiás
Professor Formador: João Ferreira
Orientadora Acadêmica: Noemi Vasconcelos
Tutora Presencial: Nair Vieira de Moura
Disciplina: Políticas Públicas das Tecnologias
Atividade: 4


QUARTA AVALIAÇÃO: RESOLUÇÃO DE QUESTÃO

Questão 1 - Tendo por base os slides, os vídeos e o texto de Katia Morosov Alonso, intitulado Tecnologias da informação e comunicação e formação de professores: sobre rede e escolas, RESPONDA A SEGUINTE QUESTÃO: Por que “o uso de recursos tecnológicos sofisticados não tem assegurado transformações mais efetivas nas práticas pedagógicas nas escolas”?

            De acordo com o os slides, os vídeos e o texto de Katia Morosov Alonso fica evidente que a sociedade atual é cada vez mais tecnológica com possibilidade de esclarecimento, conscientização e capacitação profissional mais facilitados.
Por isso mesmo novo posicionamento profissional deve ser levado em conta especialmente na área educacional. Com as novas tecnologias é possível desenvolver novas técnicas e práticas de ensino e o professor é o grande condutor/mediador dessa nova realidade, pois ele não pode ficar a margem desses recursos disponíveis a uma revolução entre espaço físico de uma sala de aula e o mundo sócio-cultural que se encontra fora dela tão presente no cotidiano do aprendiz.
Se assim fosse, não poderia ocorrer baixo rendimento nas práticas de ensino nas escolas nem na construção do saber, pois todos esses avanços teoricamente facilitam a produção do conhecimento. Mas, com tudo isso, é notório que o professor perdeu o ‘monopólio de transmissão do saber’ e os estudantes possuem fontes diversas para obtenção do conhecimento, o que resulta na relativização do saber por parte do professor bem como numa necessária e pertinente reflexão sobre seu papel no contexto atual.
Tais mudanças exigem transformações e viabilidade nas práticas didático-pedagógicas dinamicamente e de forma atualizada, o que exige atualização constante e desprendimento da formação desatualizada em que o professor se especializou. Só assim os educadores tomarão consciência de que seu repertório de saber não é mais suficiente e que não responde às inovações de um mundo mudado.
É de se reconhecer que os recursos tecnológicos não têm transformado a realidade educacional no país, tendo em vista a reprodução de práticas convencionais desarticuladas do conteúdo curricular nacional e local, sem mobilização; capacitação dos professores no uso de mídias; uso apropriado de pedagogia e práticas educativas corretas, além de suporte técnico e monitoramento dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas.
Portanto, a expansão da educação com qualidade e para todos se processa numa atuação contundente voltada para a formação continuada dos profissionais da educação, o que fará uma mudança significativa em todas as modalidades de ensino no país.